segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Tire suas dúvidas sobre hepatite A

Saiba mais sobre a doença e sobre a vacina, que agora passa a ser ofertada às crianças nas unidades básicas de saúde A forma mais comum de transmissão é mediante a ingestão de água e alimentos contaminados, mas também se pode contrair a doença se uma pessoa contaminada não lavar as mãos adequadamente após ir ao banh Brasília - O calendário básico de imunização da criança está sendo ampliado com a introdução da vacina contra a hepatite A, que passa a ser ofertada nos postos de saúde do país. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões de crianças - na faixa etária de um até dois anos incompletos - no período de 12 meses. Saiba mais sobre a doença e a imunização. O que é hepatite A? É uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite A (VHA). Segundo a Organização Pan-americana da Saúde, no Brasil ocorrem cerca de 130 casos novos por ano a cada 100 mil habitantes e mais de 90% da população maior de 20 anos podem ter sido expostas ao vírus. Como ocorre a transmissão? A forma mais comum de transmissão do vírus é mediante a ingestão de água e alimentos contaminados por fezes que contenham o vírus da hepatite A. Mas também se pode contrair a doença por meio do contato com as fezes ou o sangue de uma pessoa que tenha doença ou se uma pessoa contaminada não lavar as mãos adequadamente após ir ao banheiro e tocar outros objetos ou alimentos. A disseminação dessa doença está bastante relacionada às condições de saneamento básico, nível socioeconômico da população, grau de educação sanitária e condições de higiene da população. Quais os sintomas? Os sintomas iniciais são manifestados após duas a quatro semanas do contagio e, em geral, são cansaço, debilidade muscular, perda de apetite, diarreia e vômito ou sintomas parecidos com os de uma virose qualquer (dor de cabeça, calafrios e febre). Posteriormente, se as defesas (anticorpos específicos contra o vírus) não conseguem controlar a infeção, as células hepáticas podem ser destruídas progressivamente liberando, assim, as sais da bile que infiltra os olhos e a pele que apresentarão uma cor amarelada (icterícia). As fezes ficam claras e a urina fica escura (cor de café). Apesar de não haver forma crônica da doença, há a possibilidade de formas prolongadas e recorrentes por vários meses. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico específico é confirmado, de modo rotineiro, por meio da análise de sangue para detecção de anticorpos anti-HAV. A doença pode ocorrer de forma esporádica ou em surtos. Como a maioria dos casos não apresenta sinais e sintomas específicos nem icterícia, a infecção pode muitas vezes passar despercebida. A hepatite A tem cura? A perspectiva de cura é boa e a evolução resulta em recuperação completa do paciente após três meses, geralmente. A ocorrência de hepatite grave ou fulminante é inferior a 0,1% dos casos que apresentem icterícia. Como é o tratamento? O repouso é considerado como uma medida imediata devido aos sintomas e à condição física do paciente. É indicada uma dieta pobre em gordura e rica em carboidratos, com a restrição de ingestão de álcool. Como prevenir a infecção? A hepatite A pode ser prevenida pela utilização da vacina específica contra o vírus HVA e com a melhoria das condições de vida, adequação do saneamento básico e das medidas educacionais de higiene. Por que é recomendado o uso da vacina? Como não existem medicamentos antivirais específicos contra a hepatite A, a prevenção dessa doença viral por meio da vacina é fundamental para evitar que continue sua disseminação. A vacina é segura? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a experiência acumulada após a administração em nível mundial de várias centenas de milhões de doses, a vacina adsorvida hepatite A (inativada) é segura, bem tolerada, inclusive naqueles que são portadores de doenças hepáticas crônicas benignas ou em pessoas que receberam transplante hepático ou renal. A vacina não deve ser administrada durante a gestação e nas pessoas que apresentem hipersensibilidade a qualquer componente da vacina. Como foi feita a escolha da faixa etária para vacina? O Ministério da Saúde passou a oferecer a vacina contra a hepatite A para as crianças entre 12 meses e 23 meses e 29 dias de vida na rotina. A vacinação em crianças pequenas é indicada em países considerados de risco para a doença. Após a administração de uma dose em crianças, quase 100% delas terá níveis protetores de anticorpos por pelo menos 25 anos. Além de sua elevada proteção, a vacinação nessa faixa etária é mais efetiva e mais barata que a vacinação das pessoas de maior idade. A vacina provoca algum efeito colateral? É uma das mais seguras vacinas disponíveis, praticamente isenta de reações. As reações adversas são raras e incluem os seguintes sintomas: reações no local da injeção (em geral leves e transitórias), tais como aumento da sensibilidade, vermelhidão e inchaço; reações generalizadas, que podem aparecer por um período de 14 dias, como fraqueza/cansaço, febre, náusea, dor abdominal, diarreia, vômito, dor de garganta, resfriado, dor de cabeça e dor muscular. Fonte - Folha de Londrina - PR (01/08/2014)

Nenhum comentário:

Postar um comentário