sexta-feira, 30 de maio de 2014

Americanos criam teste que identifica insuficiência renal pela saliva

Desenvolvido por duas instituições americanas (IntegratedBiomedical Technology e Renal ResearchInstitute), um novo teste tornou possível identificar a ocorrência da insuficiência renal aguda por meio da saliva. O exame é feito de maneira simples, basta que o paciente cuspa em um tubo, onde é colocada uma fita com reagentes que mudam de cor e indicam o nível de concentração de uréia. A novidade já foi testada no Brasil por pesquisadores da PUCRP (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). A principal vantagem do teste é a rapidez e a facilidade de manejo. O resultado é obtido em cerca de minutos, enquanto que, na análise laboratorial tradicional, feita por meio do sangue ou da urina, demoram-se horas. O método é uma evolução no diagnóstico da doença, com a proposta de ser utilizado em áreas remotas, como no interior do Norte e Nordeste, onde é mais difícil o acesso a laboratórios. Sintomas De acordo com o médico nefrologista Edmundo Octávio Raspanti, do Senerp (Serviço de Nefrologia de Ribeirão Preto),entende-se como insuficiência renal aguda quando há perda da capacidade dos rins de realizar suas funções. A doença precisa ser tratada rapidamente antes que se torne crônica, o que poderá levar o paciente a necessitar de diálise e transplante renal. A falência renal aguda, como também é conhecida, é reversível em 80% dos casos e o tratamento é feito com medicamentos, hidratação profunda com soro e, dependendo da gravidade, diálise peritoneal (processo de depuração do sangue no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana semipermeável). “Fraqueza associada à anemia de causa desconhecida, pressão alta, inchaço nas pernas, falta de ar e coloração em tom de amarelo-palha, são sinais de que os rins não estão funcionando corretamente. Por isso, quando notados, deve-se procurar um especialista o mais rápido possível”, alerta o nefrologista. Segundo Raspanti, males como a malária, a leptospirose, diabetes, diarréia e complicações do parto são capazes de agravar o quadro levando a forma mais aguda da patologia. Prevenção O especialista ressalta a importância da medicina preventiva e de cuidados quepodem evitar a disfunção dos rins, “A prevenção é fundamental, visto que há um avanço mundial no número de portadores de problemas renais crônicos. Ações com o controle da pressão arterial e da diabetes e o uso moderado de remédios que atacam os rins, como alguns anti-inflamatórios e antibióticos, são eficazes em conter o comprometimento e o aparecimento da falência renal”, finaliza Raspanti.

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